Estatuto da Igualdade Racial


O plenário do Senado aprovou o projeto que institui o Estatuto da Igualdade Racial no País. O texto agora seguirá para sanção presidencial para entrar em vigor. Um dos pontos que viabilizou a aprovação foi a retirada do estatuto de cotas para negros na educação, nos partidos políticos e no serviço público.


Aprovado mais cedo pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), o texto do projeto é resultado de um acordo feito pelo relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o Ministério da Igualdade Racial e o autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS).

O poder de destruição do CRACK



Forma menos pura da cocaína, o crack tem um poder infinitamente maior de gerar dependência, pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas. Ao prazer intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição. Além de se tornarem alvo de doenças pulmonares e circulatórias que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a situações de perigo que também podem matá-lo.


Consequências para a saúde
Jornal de Santa Catarina e A Notícia
Intoxicação pelo metal
O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do vapor da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
Fome e sono
O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase não come ou dorme. Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de desnutrição são comuns. A dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência.
Pulmões
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como já há um processo de emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuberculose. Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dores fortes no peito

Coração
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer

Ossos e músculos
O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.

Sistema neurológico
Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. O tratamento permite reverter parte dos danos, mas às vezes o quadro é irreversível

Prejuízo cognitivo: pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média. Num teste refeito um ano depois, o QI havia baixado para 80

Doenças psiquiátricas: em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios

Sexo
O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção.
Há pesquisas que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis, em razão do comportamento promíscuo que os usuários adotam

Morte
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose).
A causa mais comum de óbito é a exposição à violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.

Show em Johanesburgo marca início da Copa 2010

Shakira, Black Eyed Peas e Desmond Tutu subiram ao palco em Soweto.

Um grande show em Johanesburgo marcou nesta quinta-feira a abertura oficial da Copa do Mundo de 2010, um dia antes da partida inaugural do evento. A organização sul-africana disse que vendeu os 36 mil ingressos postos à venda no Orlando Stadium, no bairro de Soweto. Apresentaram-se artistas como a cantora Alicia Keys e a banda Black Eyed Peas, ambos dos Estados Unidos, a colombiana Shakira, artistas do Mali e da África do Sul.

O arcebispo Desmond Tutu, vencedor do Nobel da Paz por sua luta contra o regime segregacionista do Aparthaid, falou para a multidão vestido com as cores da África do Sul. O religioso de 79 anos de idade prestou uma homenagem ao líder Nelson Mandela a quem responsabilizou pelo fato de a África do Sul ter sido escolhida para sediar o primeiro mundial no continente. Tutu pediu para que o público gritasse Mandiba, o verdadeiro nome de Mandela, que não estava presente mas teve sua imagem mostrada no telão.

Sócrates
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, agradeceu a Fifa pela escolha do país e pediu para o público continuar mostrando o mesmo entusiasmo demonstrado esta noite durante todo o evento. "Quero dizer que a África do Sul está muito feliz de ter sido escolhida para sediar a Copa do Mundo", disse ele. O espetáculo prosseguiu com a presença de ex-jogadores como o francês Karembeu e o brasileiro Sócrates, que saudaram o público.

A festa terminou com a plateia cantando o hit Everyday People, de Sly and the Family Stone.
O estádio recebeu uma refoma de três anos, avaliada em US$ 43 milhões.
O torneio da Copa do Mundo 2010 começa na sexta-feira com a partida entre África do Sul e México no estádio Soccer City, nas proximidades de Soweto, às 11h30 (hora de Brasília, 16h30, horário local). BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Blitz de Limpeza no Rio Mampituba é foco no dia Mundial do Meio Ambiente

Nas comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria de Meio Ambiente, a PATRAM e seus patrulheiros ambientais mirins e mestres realizarão uma Blitz de Limpeza no Rio Mampituba. Toda a comunidade está convidada a participar da ação que servirá para conscientizar sobre a importância de dar o destino correto ao lixo, evitando que ele chegue até as águas e polua o meio ambiente. A limpeza será feita no lado gaúcho com o recolhimento dos detritos dentro do rio e nas margens. As atividades iniciarão às 8h em frente à ponte nova que une Torres a Passo de Torres.

Censo na Indonésia descobre mulher de 157 anos

JACARTA (AFP) - O censo realizado nas últimas semanas na Indonésia tornou possível a descoberta de uma mulher que afirma ter 157 anos de idade, numa pequena aldeia da ilha de Sumatra, anunciou nesta segunda-feira Jonny Sardjono, funcionário do Departamento de Estatísticas.

Agentes do censo consideram provável que a mulher, chamada Turinah, tenha nascido em 1853, como lhes disse em maio. O único ser humano conhecido que viveu mais de 120 anos foi a francesa Jeanne Calment, morta em 1997 aos 122 anos.

"Não há documentos autênticos para provar; mas com base em suas declarações e levando em conta a idade de sua filha adotiva, de 108 anos, é difícil duvidar disso", declarou o funcionário do serviço de censo.

Turinah continua ativa na casa onde vive, sem deixar de fumar seus cigarros de cravo, informou.

"Apesar da idade, conserva memória excelente, uma boa visão e não tem problemas de audição, falando holandês quase que correntemente", acrescentou.

A Indonésia foi colônia holandesa durante vários séculos antes da guerra de 1939-45, quando se tornou independente.

Sardjono explicou que Turinah queimou seus documentos de identidade em 1965 para evitar ser associada aos comunistas, massacrados depois de acusados de tentativa de golpe de Estado.

Outra mulher indonésia disse aos pesquisadores do censo que tem 145 anos.

A Indonésia encarregou milhares de funcionários, às vezes com pouca formação, de fazer o censo nas 6.000 ilhas habitadas do país.

Com 240 milhões de habitantes, o arquipélago é o quarto país mais povoado do mundo, depois de China, Índia e Estados Unidos.

Arraial da Cidadania‏

A coordenação da Casa da Cidadania, mantida pela prefeitura de Tramandaí através da secretaria de Ação Social, já marcou a data de realização da sua Festa Junina. Será no sábado, dia 3 de julho, com início às 16horas e entrada gratuita para o público.

Todas as atividades acontecerão no espaço ao ar livre da Casa da Cidadania, localizada na rua Cristóvão Colombo, no bairro São Francisco de Assis.

Brincadeiras que fazem a alegria de adultos e crianças como pau de cebo, cadeia, pescaria, sorteio de brindes e rifas farão parte da festa.Barracas com guloseimas, quitutes doces e salgados, bolos, pipoca e pinhão estarão a venda a preços bastante acessíveis.

Alunos das oficinas de Dança Moderna e Capoeira farão uma apresentação especial nesta festa onde o público também poderá ver a apresentação do grupo Águias da Paz que encenará o Casamento na Roça e a Dança de Quadrilha.

INICIOU A REFORMA DO GINÁSIO DE ESPORTES OTTO BIRLEM


Um dos principais locais para a realização de eventos na área central do município de Capão da Canoa, o Ginásio de Esportes Otto Birlem, construído em 1986 onde aconteceram diversas atividades, inclusive shows nacionais, estaduais e regionais, está começando a passar por reformas em toda a sua estrutura, por etapas. O inicio das obras para a sua restauração, é na parte do telhado.

O Prefeito de Capão da Canoa, Amauri Magnus Germano, destaca que este importante local de atividades esportivas, culturais e sociais, representa o centro de atividades de uma sociedade e tem importância impar, pela sua localização e a sua complexidade de espaço, camarins para os artistas, tribuna de imprensa, espaço físico para eventos e feiras, e está planejada a sua entrega para a população até o final deste ano.

Segundo o Prefeito, só temos que lamentar que os últimos 10 anos, este espaço importante não recebeu a sua atenção devida, pois é o local também de varias atividades da administração municipal e está desde 2008 interditado pelas péssimas condições físicas em toda a sua infraestrutura.

Ao assumir tive a preocupação de iniciar um processo licitatório para a reforma do Ginásio de Esportes Otto Birlem em etapas e nesta primeira etapa iremos reformar o telhado, com um custo 475 mil reais, e depois iremos realizar as etapas seguintes, como recuperação da alvenaria, esquadria, elétrica e hidráulica, finaliza o prefeito.

Será suspenso repasse de recursos do FNHIS a municípios e estados sem conselhos e fundos locais de Habitação de Interesse Social

Encerra dia 30 de junho o prazo para os municípios e estados cumprirem as exigências do SNHIS - Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, de criar seus conselhos e fundos locais. O cumprimento das exigências é necessário para que prefeituras e governos estaduais acessem recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).Estados e municípios que têm obras em andamento, mas ainda não apresentaram as leis em que propõem a criação de seus fundos e conselhos locais, continuarão a receber recursos até 30 de junho. Depois dessa data, os repasses serão interrompidos até que se regularizem as pendências.“Para transformar a habitação em uma política de Estado, é fundamental consolidar esta nova institucionalidade representada pelo Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS), garantindo a participação e o controle social nas três esferas de governo. Este desafio depende, além da iniciativa do Executivo, da celeridade dos legislativos em aprovar os projetos de lei”, afirmou a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães.O prazo para a elaboração dos planos locais de habitação de interesse social permanece o mesmo: dezembro de 2010.

Estudo aponta problemas ambientais no litoral norte do RS

Um estudo desenvolvido pelo Ministério Público estadual e federal do Rio Grande do Sul aponta uma série de desobediências à legislação ambiental no litoral norte gaúcho. Segundo o projeto, que demandou quase dois anos de pesquisas, em um período de 30 anos, o processo de urbanização ocupou irregularmente quase toda a faixa litorânea entre o Balneário de Quintão e o município de Torres, na divisa com Santa Catarina.

A urbanização irregular viola a legislação, que determina a preservação de pelo menos 300 m a partir da linha frontal das dunas primárias - mais próximas do mar. Segundo o diagnóstico do MP, a construção de imóveis sem respeitar a faixa de proteção altera o ciclo dos ventos e, consequentemente, modifica a formação geológica e a biodiversidade da região. Além disso, há extração clandestina de areia sobre a área. Tudo isso representa um risco, porque as dunas costeiras exercem funções ambientais importantes: estabilizam a linha de costa, protegem o lençol freático, constituem barreira natural contra as ressacas do mar e são habitat para diferentes espécies da fauna e da flora.

Segundo o biólogo Luiz Fernando de Souza, que participou do estudo, há problemas também na proliferação de condomínios, que, além de destruírem ambientes naturais do litoral, também não estão acompanhados de uma rede adequada para tratamento do esgoto sanitário.
"Cria-se uma estrutura para receber 700 mil pessoas por apenas 60 dias no ano todo. Toda esta estrutura fica ociosa nos outros 10 meses, e não há como mantê-la. Estamos acabando com uma região para usufruir dela por dois meses", afirma o biólogo.

Motivada pelo estudo, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) está fazendo a revisão do zoneamento econômico e ecológico do litoral norte. Uma reunião entre representantes do Ministério Público, da Fepam e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) deve acontecer em junho para tratar do tema. O MP deve definir no futuro ações judiciais ou extrajudiciais, para fixar medidas que reduzam a degradação ambiental na região.

O maior observatório de aves migratórias, no extremo Sul do Brasil


Um voo, sem escalas, à natureza preservada. No programa Terra da Gente deste sábado (15), o repórter Paulo Gonçalves e o cinegrafista Márcio Silveira viajam pelo extremo Sul do litoral brasileiro. A aventura de exploração é na Lagoa do Peixe, uma extensa planície alagada em território gaúcho. É o maior observatório de aves migratórias no Brasil. Parada estratégica de viajantes incansáveis, que enfrentam até 15 mil quilômetros à procura de temperaturas mais amenas e alimento farto. O banquete a céu aberto e o balé dos maçaricos são um espetáculo em pleno voo. As maiores aves migratórias da região, os flamingos, varrem a lama atrás de alimento num movimento curioso. O trabalho dos pesquisadores na identificação das espécies, que contribuiu para a criação do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. O grupo enfrenta frio, vento e água gelada, e se reveza até durante as madrugadas. Conheça também o artesão Eloir, o "Gepeto" das aves já talhou na madeira mais de 220 espécies. E o carro de nome esquisito e à prova de ferrugem e maresia: Fubica, o carro de madeira que ajuda no trabalho dos pescadores profissionais.




Programa 611 – Lago dos Patos/ Peixes
Atenção passageiros com destino à rota de migração. Vôo para o Rio Grande do Sul autorizado. Nenhum aeroporto brasileiro tem tantos pousos e decolagens como esse, na Lagoa do Peixe. Trata-se de uma planície alagada com 40 quilômetros de extensão, paralela ao oceano Atlântico, ponto de encontro dos viajantes alados. É na verdade uma laguna, afinal tem comunicação com o mar. E do oceano vem os nutrientes para o desenvolvimento da cadeia alimentar que atrai milhares de aves migratórias, seres que podem voar até 4.000 quilômetros sem por os pés no chão.A grande maioria das aves vem lá de cima do globo, da região do Circulo Polar Ártico. Fazem jornadas de até 15 mil quilômetros em direção ao Sul, por isso essa parada aqui é estratégica para o reabastecimento.Na lâmina fina de água o alimento é farto e acessível. Exatamente entre a lagoa e o mar as aves fazem o banquete, ganham até 30% do peso para seguir viagem e iniciar a reprodução.A lagoa possui muitos nutrientes, ela é capaz de alimentar uma quantidade muito grande de plâncton, e zooplâncton, base da cadeia alimentar de todos os seres vivos que dependem dos ambientes aquáticos. Esse zooplâncton vai servir de alimento para invertebrados maiores e assim por diante, o que vai culminar nas aves migratórias.As aves vêm através da rota do Atlântico. O percurso vai do Norte do Canadá até a Terra do Fogo no extremo Sul. Durante a jornada elas vão fazendo paradas pela costa, fugindo do frio. Quando vai chegando o inverno no Hemisfério Norte, elas vêm pra cá em busca de um clima mais ameno, e de mais alimento.E quando retornarem, já será primavera no Hemisfério Norte, uma estação mais produtiva. Elas fogem de uma época de escassez de recurso. Depois retornam quando o alimento está abundante novamente.


Maçaricos de alta velocidade
Isac Simão Neto é coordenador de estudos do Cemave, um centro de estudos de aves migratórias que já contabilizou cerca de 6.000 maçaricos num mesmo dia. São as aves mais comuns encontradas por aqui. A maior parte conhecida popularmente como maçarico-de-sobre-branco. Os maçaricos estão sempre em grandes grupos e parecem ter um motorzinho para provas de velocidade.Nas praias a corrida é para fugir das ondas. Eles ficam bem ali, à beira-mar, tentando vencer a concorrência para sair de barriga cheia. A ave pega o molusco e corre. Quando chega a concorrência, ele se afasta mais, levando-o pra longe.Já no banhado esses bichos aproveitam locais com pouca profundidade em busca dos pequenos invertebrados escondidos na lama. Vão bicando até sentir a presa. É como se fossem pescadores da areia.A menor espécie da família dos maçaricos tem apenas 18 centímetros. E sabe que não tem tamanho para enfrentar a concorrência com as maiores. Por isso quando encontra um prato apetitoso, a melhor estratégia é zarpar com a iguaria no bico.E quando partem em revoada os maçaricos formam uma nuvem gigante, com balés imprevisíveis. E ao pousar, caminham em marcha, como se fossem um pelotão do exército.O maçarico reproduz no Alasca e no mar Ártico. Daqui segue para os pontos mais extremos do Sul. Chega a percorrer até 20 mil quilômetros.



Entre batuíras e flamingos
Pequenina também é a batuíra. A de coleira simples vive neste território. Já a espécie de coleira dupla migra do Sul. Vem das ilhas Malvinas e aqui sempre encontra o que procura. No fim de tarde, elas e os maçaricos se unem com outras aves maiores, formando um belo retrato de como a diversidade não tem fronteiras (e nem tamanho).Os flamingos estão na contramão da migração. Enquanto a maioria das aves vem do Norte, eles vêm do Sul. De países vizinhos como o Chile e a Argentina, principalmente das regiões da Patagônia e também dos Andes. Esse bicho tem um filtro no bico. Ele suga a água e retém o alimento. Mas o ritual em busca da comida é um verdadeiro espetáculo.Eles giram como enceradeiras. Remexem a areia tentando encontrar plâncton, as algas que servem de alimento. Além de pequenos camarões e moluscos. Passam horas nesse movimento curioso. Com quase 1 metro só de pernas, essas aves parecem meio desajeitadas. E apesar de serem muito sociais, por vezes ocorrem alguns estranhamentos e um e outro podem “não se bicar”.Acostumadas ao clima frio do Sul, mesmo assim elas são asseadas. Não dispensam banho mesmo com a temperatura baixa. A espécie mais comum aqui é o flamingo chileno, também chamado de ganso-do-norte, ganso-cor-de-rosa ou maranhão. Podem voar até 500 quilômetros por dia. Ao menor sinal de perigo eles se unem, para se proteger.Com as cores fortes que demonstram estarem bem alimentados, os flamingos chegam em setembro e vão embora entre março e abril. São as maiores aves migratórias observadas nesta região. Mas nem por isso menosprezam os demais. Sabem dividir o espaço e dão uma lição de convivência na diversidade. Os mais belos espetáculos durante os vôos são deles.


Preservação garante a atração
Todos os anos milhares de turistas visitam a Lagoa do Peixe. E graças à preservação podem assistir ao desfile das aves migratórias. A Lagoa do Peixe bem que poderia ser das aves. Um destino certo para a ponte aérea com a natureza. Mas no show das aves migratórias, há que se dizer, também há espaço para os verdadeiros donos desse pedaço no Sul do Brasil, distante alguns quilômetros da Lagoa. Na beira da praia muitas outras aves ficam assim, de frente para as ondas, só esperando o cardápio do dia, que será trazido pela maré. Alimento em abundância, com entrega em domicílio.Entre os pratas-de-casa está o pirú-pirú, bicho encontrado aqui em grandes bandos. Eles se concentram tanto nos banhados quanto na beira da praia. Nessa região encontramos muitos deles se equilibrando numa perna só. Pela teoria de alguns cientistas seria uma forma de economizar energia.Essa ave, aliás, tem pernas longas. E um bico poderoso que funciona bem na hora de capturar o alimento. É interessante observar como eles se posicionam de forma parecida. Quem chega por último, parece imitar os demais. É encontrado em toda a costa brasileira e até na América do Norte.À beira-mar encontramos outras espécies residentes como o trinta-réis. Uma ave eficiente no ataque aéreo. Mergulhos perfeitos num bombardeio incessante. Um deles paira no ar, tenta na primeira, não dá. Na segunda, o bote é certeiro. As vezes eles ganham a concorrência dos biguás.Mas eles são maioria e fazem inclusive acrobacias em dupla. Porém com vigor e insistência, o trinta-réis se mostra um mergulhador vitorioso da cadeia alimentar. Pequenos peixes e moluscos não resistem à sua visão privilegiada.Quem estraga o almoço é uma ave difícil de ser avistada por aqui, uma scua. Predadora comum na Antártida, devora as espécies daqui. Para sorte do trinta-réis e de outras aves, ela vai embora logo para comemorar um banho em grupo e em ritmo de festa!À beira-mar o espetáculo é das gaivotas. Ficam ali, na ponta da praia, só esperando a refeição. De preferência um peixe já morto, que vai dar menos trabalho. Um deles parece com dificuldade. A fome é maior que o bico e consegue dar algumas mordiscadas. Mas quando percebe a concorrência, procura uma área mais protegida. É curioso, ele pega e larga o tempo todo e está sempre atento aos vizinhos de espécie.Agora quem aparece interessado no prato alheio é o maçarico. E lá está a gaivota, brincando com o alimento outra vez. É um comportamento comum e arriscado. Uma delas se aventurou a jogar o peixinho. E bateram a carteira dela. Por isso há quem prefira não arriscar. Uma outra não quis compartilhar a refeição, deixou de lado as boas maneiras e se mostrou uma gulosa convicta.


Arte nas mãos
No maior observatório de aves migratórias do Brasil, também encontramos a maior concentração de bichos numa casa: 220 espécies. Mas as autoridades ambientais podem ficar tranqüilas. Essas aves são de madeira reciclada.Na mais tradicional casa de artesanato da cidade, a do seu Eloir, a matéria-prima se transforma. É a magia da arte e da natureza, juntas, criando um espetáculo de cores e formas.Tudo começou com as pinturas que hoje decoram as paredes. A história do artesanato teve início há 11 anos, por acaso. Seu Eloir Antonio Rodrigues da Silva estava em casa parado e decidiu fazer os flamingos de madeira.Foi então que o diretor do parque ficou sabendo e pediu para ver. Aprovado, o trabalho virou profissão. No começo, a atividade o fez ficar perambulando pelas ruas, em busca de matéria-prima.Geralmente o que o pessoal joga no lixo serve de material para a arte de seu Eloir. Não tendo cupim, a madeira já é boa. Fios de cobre servem para compor os detalhes das aves. A madeira deve estar bem seca, porque senão ela “mancha e deforma a ave”.Em resumo: uma gaivota pode virar um maçarico. Mais do que um artista, seu Eloir é um defensor do meio ambiente.Do lixo para o ateliê improvisado. Devagarinho o flamingo vai pegando forma. Cada ave tem a sua estrutura. Lixando aqui e ali. Tem que ficar bem lisinho para a madeira receber a pintura. Depois de 11 anos ele nem precisa olhar mais numa foto. Tudo está gravado na mente. Em 20 minutos está pronto o flamingo eternizado em madeira.O seu Eloir produz as aves do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, de outras partes do Brasil e até do mundo. A gente viu até uma ave internacional, o galo-das-pradarias, norte-americano, que ocorre no Norte dos Estados Unidos e no Oeste do Canadá.



Monitoramento das aves
É fim de tarde da na Lagoa do Peixe. É o começo de jornada para a expedição do Cemave (Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres). Os pesquisadores montam 30 redes. É o equipamento usado para o trabalho de captura, que depois ajudará a identificar as espécies migratórias.As variáveis são muitas. Por isso é essencial prestar atenção na maré, nas condições da Lua (se é cheia ou nova), e também no vento. As melhores condições para capturar são com maré baixa e sem Lua (se ela estiver no céu, em função da claridade, as aves muitas vezes enxergam as redes e isso atrapalha o trabalho dos pesquisadores).Ao todo são seis pesquisadores, de várias partes do País. Eles já identificaram mais de 500 mil aves em território nacional. A cada 2 horas a rede é revisada, e os bichos retirados (mais tempo do que isso pode criar um estresse no bicho, além de se machucar). Por noite eles conseguem tirar 50 bichos ou mais. Já chegaram a pegar 200 numa noite.É noite de Lua crescente, que não é a mais indicada. Faz muito frio e venta. Mas não há tempo ruim para esse pessoal. No exato momento em que as redes eram armadas, já pintou novidade: o maçarico-branco.Tem sido a ave que os pesquisadores mais capturam. A maré começou a subir e por isso os bichos começaram a buscar áreas mais secas. São 15 minutos para desvencilhar a ave. Trabalhão para nada. As anilhas acabaram.Às 2 horas da manhã o pessoal estava se preparando para mais uma vistoria. Um frio danado e todo mundo morrendo de sono. Só há tempo para um cochilinho de meia hora, no máximo 40 minutos. A previsão era de 10 graus.Para piorar, a maré estava subindo. Não teve jeito: tivemos que entrar na água gelada para checar se não tinha nada. Até porque se tivesse um bicho preso na rede, vinha o peso na consciência.Nenhum bicho, e pior: o vento atrapalhou o trabalho. A rede teve que ser reerguida. Mas por causa da velocidade dos ventos os animais procuraram abrigo para se proteger em outras áreas.Os ventos voltaram a derrubar as redes, e a captura de pássaros se transformou na de siris. No dia seguinte as redes foram mudadas de lugar. Alem do trinta-réis, cai na rede uma batuíra.Chega 6h30 da manhã. Essa é a última vistoria que o pessoal faz. O dia estava claro e bem mais tranquilo para trabalhar. Lá estavam eles na água gelada. Era um dos dias mais frios da semana. O pessoal estava pronto pra trabalhar.Vários bichos entraram na rede. Principalmente maçaricos e trinta-réis. As aves capturadas são colocadas numa caixa e levadas para o acampamento, onde um laboratório foi improvisado. Antes de manipular os bichos, os pesquisadores seguem à risca os protocolos: são luvas, máscaras, avental e até proteção para os pés.Começa o trabalho de identificação das espécies. Um maçarico, por exemplo, viajou mais de 9.000 quilômetros. É o de papo-vermelho. Ele já apareceu com a plumagem reprodutiva, estava pronto para ir embora.Depois de todas as informações devidamente registradas as aves recebem a anilha. Esse anel de metal servirá de base para o acompanhamento da migração. Pesa 1 grama ou menos e pode trazer tanto informações de deslocamento, quanto informações da longevidade da ave.As aves são soltas, mas deixam informações valiosas para os especialistas. Foram os estudos do Cemave que deram origem ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe e proporcionaram a criação das leis de proteção. Um exemplo de que o homem pode colaborar para a preservação das espécies.



A lagoa tem fubica
A Lagoa do Peixe fica no município de Mostardas, há 200 quilômetros de Porto Alegre. Uma cidade que respira meio ambiente e pesca. Entre os profissionais, a força para puxar as redes pode vir de um veículo curioso, a fubica. Uma caminhonete feita de madeira. Só algumas partes do veículo se mantêm com o ferro, já meio enferrujado.O seu Claudio é um dos proprietários dessa máquina que resiste ao tempo e aos efeitos da maresia. Quase tudo é feito em madeira. Só o motor e o chassi fazem parte do carro original. São quase 40 anos circulando com a caminhonete. E sem nenhum problema grave.Para andar com a fubica o condutor também precisa ser meio cara de pau. Sem documento e sem freio!!! O controle tem que ser no câmbio. Mas é a fubica que ajuda esse pessoal na pescaria profissional.Já entre os amadores os arremessos na beira da praia fazem a alegria. Esses vieram de Porto Alegre. Viajaram 200 quilômetros pelo prazer de uma fisgada. A isca é de graça.Os mariscos debaixo da terra. É pelo buraquinho que eles encontram a isca. E não é que a isca funciona? O peixe é o papa-terra que aqui chega ao máximo a um quilo e meio.Outro grupo veio de Caxias do Sul. Mais de 400 quilômetros de estrada em busca de emoções. Grandes ou pequenas. Alceu Tessali viajou para se divertir. E não é que conseguiu! Pescou um pampinho e logo o devolveu para a natureza.E, enfim, conseguiu um dublê de papa-terras. Tá explicado porque o lugar se chama Lagoa do Peixe. Na água e no ar, a natureza se mostra exuberante.

Parlamentares alertam para e-mail falso sobre fim do 13° salário


O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) alertou, em informação publicada em seu site, para a volta de divulgação pela Internet de e-mails apócrifos dando conta de que a Câmara dos Deputados tenha aprovado o fim do 13º salário. "Mais uma vez volta a circular na Internet uma 'informação' que desinforma e desorganiza o debate no movimento sindical.

Trata-se de mensagem eletrônica que diz que foi aprovado na Câmara dos Deputados o fim do 13º salário. A mensagem é falsa e veiculada em períodos pré-eleitorais, a fim de desmoralizar o Congresso", diz o texto. No final de março de 2006, notícia semelhantes foi amplamente divulgada pela Internet.

O DIAP esclareceu que a proposição que mais se aproximou do tema foi o PL 5.483/01, enviado ao Congresso pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e que tinha por finalidade alterar a CLT, mediante modificação no artigo 618, para permitir a prevalência do negociado sobre o legislado. Ou seja, o projeto autorizava que a negociação coletiva pudesse reduzir ou eliminar direitos trabalhistas. Mas o PL, que havia sido aprovado na Câmara e aguardava votação conclusiva no Senado, foi retirado de tramitação pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo no primeiro ano do primeiro mandato, portanto em 2003.

Resistência
O projeto, elaborado na gestão do ex-ministro do Trabalho e Emprego, ex-deputado e atual senador Francisco Dornelles (PP-RJ), apesar da grande resistência do movimento sindical e da luta do então deputado e atual senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado na Câmara e enviado para apreciação do Senado. Nesta Casa, a matéria ainda chegou a tramitar sob o número de PLC 134/01.

A resistência e combate ao projeto na Comissão de Trabalho da Câmara foram grandes e a matéria não foi aprovada na comissão, o que obrigou o presidente da Câmara à época, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), a avocar [chamar para si] o projeto para votação diretamente no plenário da Casa.

Entretanto, o presidente Lula, que havia assumido o compromisso de sustar a tramitação do projeto, enviou a Mensagem 78/03, pedindo o arquivamento do PLC 134. Assim, em sessão do dia 10 de abril de 2003, a mensagem foi lida e aprovada pelo plenário do Senado e o projeto definitivamente arquivado. "A "notícia", portanto, é falsa!", reafirma o Diap.

O vice-líder do governo no Congresso, Gilmar Machado (PT-MG), lembrou que ao contrário das notícias falsas o Governo Lula tem ampliado os direitos dos trabalhadores. "Estamos recuperando o salário mínimo, reafirmando direitos trabalhistas. Essa é a pauta, não a retirada de direitos. Essa fase de precarização de direitos foi derrotada com o neoliberalismo e com a era tucana", disse.

O deputado Paulo Rocha (PT-PA) reforçou a conquista dos direitos. "Não existe nada de retirada de direitos, não há nenhuma proposta de reforma trabalhista nem no governo nem na Câmara. Ao contrário, o país está crescendo e a visão do nosso governo é que o crescimento traga ganhos para o trabalhador em vez de retirada de direitos", disse.

O deputado Vicentinho (PT-SP) destacou que "se, de fato, houvesse alguma verdade nessa afirmação nós seríamos os primeiros a denunciar, porque somos os defensores dos trabalhadores. Essa é uma tentativa de informação negativa e sem cabimento. Quem está bem informado sabe que não é verdade", disse.

Equipe Informes, com informações do DIAP

Cachorro perdido percorre 15 km para voltar para casa


Jack andou por várias estradas e apareceu sem ferimentos na porta da casa onde mora, na cidade de Penistone


Um cachorro percorreu quase 15 km para voltar para a casa após ter se perdido durante uma caminhada com seus donos no último domingo na cidade britânica de Barnsley.
Jack, de seis anos, andou por várias estradas e apareceu sem ferimentos na porta da casa onde mora, na cidade de Penistone, 31 horas após ter desaparecido.

"Por um momento achamos que ele tinha desaparecido para sempre, mas felizmente suas pequenas pernas o trouxeram para a casa, para meu imenso alívio", afirmou à BBC News o dono de Jack, David Cooper.

Cooper disse que Jack provavelmente atravessou pelo menos cinco estradas para chegar em casa.

"A ironia é que ele não gosta de estradas nem de carros. Ele era um animal desgarrado quando pequeno, é assim que nós ficamos com ele. Ele foi atingido por um carro e depois disso ficou conosco, então ele é muito prudente com veículos."

A mulher de Cooper, Liz, que é veterinária, disse que já tinha ouvido várias histórias parecidas, mas "nunca acreditei que ele voltasse para a casa, embora eu tenha achado que isso poderia acontecer".

O filho adolescente do casal, Robert, também comemorou o retorno do cão: "Nós ficamos sem palavras quando ele apareceu, ele sempre foi de andar longas distâncias, mas isso é algo diferente".

BBC Brasil

INFORMÇÕES SOBRE ENEM

A partir de 30/05/2010 os estudantes que prestaram Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) poderão acessar seus boletins de desempenho no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Os resultados já tinham sido divulgados em janeiro durante o período de inscrição no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), mas agora os boletins estarão disponíveis em PDF.

Para consultar os resultados, o estudante precisa ter em mãos o número do CPF e a senha gerada durante o período de inscrição da prova. No sistema, o aluno terá disponível as notas de cada uma das provas –ciências da natureza, ciências humanas , linguagens e matemática –além da redação. Será possível comparar a média obtida com a do restante dos participantes do exame.

Desde o ano passado, o Enem utiliza a TRI (Teoria de Resposta ao Item) para calcular as notas do participante. O objetivo desta metodologia é medir o conhecimento a partir do comportamento observado nas provas.

Na escala construída pelo Inep, a nota 500 representa a média obtida por aqueles que concluíram o ensino médio em 2009 –com exceção dos egressos (que no passado já havia concluído o ensino médio) e dos "treineiros" (alunos que ainda não concluíram).

Quanto mais distante de 500 for a nota do estudante, para cima, melhor foi o desempenho dele em relação à média dos participantes. E quanto mais distante de 500 for a nota, para baixo, significa que esse candidato foi pior em relação à média.

Projeto Gravaêh!

inspirados no The John Lennon Educational Bus dos EUA, que serve como ônibus escola promotor de novos talentos em vídeo, música e canto, surgiu a ideia do ônibus estúdio móvelTemos o Brasil como um país com a fonte necessária de inspiração para a cultura, dada sua variedade cultural, por sua diversidade de etnias, que aqui desembarcaram desde seu descobrimento.

Esta riqueza cultural é também evidenciada na música, onde milhares de brasileiros são reconhecidos mundo a fora.

Porém na mesma proporção que aparecem os talentos são apresentadas dificuldades de que seja feito a concretização de talentos novos, com a possibilidade de acesso no mercado fonográfico, de apresentação de seus trabalhos, via shows ou de divulgação em radiofusão.
Dada a demanda por oportunidades de registrar o trabalho para posterior publicização, é que a ONG CIRANDAR desenvolveu a idéia de um estúdio que pudesse servir de apoio a novos talentos, resolvendo o problema de custos de gravação.

Porém após resolver o problema de custos com gravação, como fazer com que este estúdio chegasse até as pessoas, era a pergunta a ser dirimida. E inspirados no The John Lennon Educational Bus dos EUA, que serve como ônibus escola promotor de novos talentos em vídeo, música e canto, é que surgiu a idéia do ônibus estúdio móvel.

Como nome, o projeto se apresenta como Projeto Gravaêh!, aliando o nome conhecido dos músicos com a forma mais regionalizada e despojada de se falar grava aí, sugerindo um pedido de um músico para gravar sua música.

Assim se equacionava a dificuldade de acesso a gravação de novos talentos da música, em determinadas regiões do estado do Rio Grande do Sul, sede da ONG Cirandar.

Quem é a ONG CIRANDAR :
A ONG Cirandar visa apoiar redes de culturas locais, buscando a inclusão social dos sujeitos por meio do desenvolvimento de ações que promovam a formação, a integração social e a cultura. Desde 2009 o Cirandar vem desenvolvendo uma proposta ousada e original: a criação do estúdio móvel Gravaêh.

Parceiros
Após surgir a idéia inspirada no Lennon Bus, partimos para busca de parceiros para a execução do projeto e destacamos a empresa Benfica que foi a primeira que aceitou o desafio.
Durante 10 meses foi realizado um intenso trabalho de engenharia e arquitetura para adapatar o ônibus urbano a um estúdio móvel.

O ônibus
O Ônibus é de fabricação nacional, porém adapatado para a função específica de estúdio móvel, com toda a aparelhagem para ser realizada uma excelente gravação, com estúdio, ilha de gravação e uma pequena sala de reunião.Para garantir que nada dê errado na parte elétrica o ônibus traz consigo também um gerador de eletricidade movido a gasolina.
O Ônibus também conta com uma biblioteca que será montada e desmontada durante suas estadias nos locais de gravação. A promoção da literatura é o primeiro trabalho da ONG CIRANDAR , que após estar atuando nessa área na capital do Rio Grande do Sul , passa a atuar também na promoção da música, sempre centrando no seu objetivo principal: a promoção da cultura e suas redes.

Objetivo do Projeto
Promover a cultura local e os talentos regionais, articulando e divulgando os músicos e bandas de diferentes estilos, através de um estúdio móvel de gravação de CDs. O Gravaêh está equipado com a mais alta tecnologia digital adaptada a um ônibus e irá percorrer o Estado do Rio Grande do Sul, descobrindo talentos e construindo uma rede social de artistas.

Turnês
Organizado a partir de Turnês, o Estúdio Móvel Gravaêh viajará beneficiando municípios, ou bairros que, em parceria com a ONG Cirandar, firmem parcerias públicas ou privadas. Cada turnê realizará gravações de diferentes gêneros musicais. As inscrições serão feitas pelo site www.cirandar.org.br/gravaeh.

Seleção das bandas
A seleção das bandas será feita por músicos reconhecidos na cena musical do estado juntamente com a equipe técnica do projeto.

Gravação
Cada grupo ou artista irá gravar três obras, com letra e música com composição própria. E receberá 30 cópias dos CDs gravados.

Site
Cada artista ou banda que gravar no ônibus, além de assinar um contrato responsabilizando-se pelos direitos autorais de suas músicas, permitirá que parte delas sejam disponibilizadas no site do projeto, para que se possa traçar uma rede social virtual conectando os diferentes parceiros do projeto.

Show comunitário
Em cada turnê, se houver parceria local, será possível realizar um show comunitário envolvendo os grupos que passaram pelo processo de gravação no ônibus.
Será uma oportunidade de divulgar os grupos e promover a cultura local nas diferentes comunidades do Estado.

Contatos: Fábio Ourique – 9998-2981 – cappro.consult@gmail.com Márcia Cavalcante – 9998-3845

Repense o mundo, visite um reciclador

Uma chuva de perguntas atordoa as mentes de trabalhadores de um galpão de reciclagem, quando um cidadão qualquer resolve visitar um desses empreendimentos. Mais atônito fica esse cidadão quando começa a entender o que é feito do lixo que ele produz na intimidade de sua residência. Suas perguntas começam a ser respondida ao fitar a gigantesca gaiola. Como um cobrador de ônibus, que no fim do dia, exausto, não agüenta mais ver rostos de todos tipos que pela sua roleta passam - abatidos, eufóricos, tristonhos... - o reciclador cansado de seus duros dias, ao ser perguntado, responde o óbvio do seu rotineiro trabalho. Montanhas de lixo são devoradas por mãos frenéticas, organizando, transportando, transformando o caos do lixo, o caos de todos os odores, de todas as cores.

Quando o lixo sai do caminhão e cai na gaiola do galpão, já se sabe de que bairro veio a carga. Ela é reconhecida pelo tipo de descarte que aparece. Como é muito comum nas calçadas encontrar geladeiras, fogões, microondas em plana condições de funcionamento, assim também das gaiolas do galpão descem os descartes mais inusitados. O ato de rasgar uma sacola transforma-se num momento mágico e surpreendente: restos de pizza e frascos de xampus pela metade já não impressionam tanto. Mas quando descem gaiola a baixo, o licor alemão, restos de tabletes de chocolate suíços e celulares com chipes que ainda permitem falar até 30 dias, tudo se torna inusitado. As respostas destilam-se rapidamente da gaiola para a mesa, da mesa para os fardos, pelas das mãos das recicladoras. Oitenta por cento dessa categoria são mulheres chefe de família.

Um galpão de reciclagem é um local onde as pessoas teriam que passar ao menos um dia durante a sua vida. Lá encontrariam as respostas para boa parte dos dramas cotidianos que vive a humanidade. Se descarta tudo, desde a garrafa pet, saquinho do ruffles, até o discreto pênis de gel e milhares de outras coisas que com certeza, ninguém imaginaria.

Os produtores de montanhas intermináveis de lixo, não tem noção para onde vai o lixo, desde as luxuosas até as miseráveis cozinhas e banheiros de qualquer cidadão de uma cidade. Tanto faz os que descartam os licores alemães ou as quinquilharias “made in china”, com certeza, não titubeariam também em descartar rostos e amores. Esta é a cantilena, cantada e recantada. Descarta-se gentes e coisas, para amanhã consumir outras gentes e outras coisas. Um galpão de reciclagem é um retrato do mundo.

Estamos condenados a superficialidade do consumir pelo consumir. Esta lógica doida, determina agora a relação dos humanos com suas vidas, com seu corpo e com seus afetos. Da mesma forma que o cobrador de ônibus exausto da multidão que passa por ele, o reciclador também exausto saberá que no outro dia aparecerão mais e mais produtos indicado pelas mídias, e novas necessidades incitarão os humanos a descartarem o que foi adquirido ontem.

Assim passa a vida pela roleta, pela gaiola, pelas esteiras da indústria da construção de monstros. No galpão passam os sonhos frustrados de uma humanidade que não agüenta mais a lógica do consumo sem sentido. Não agüenta mais, mas sem saber por que segue consumindo.

Caminhamos como bois num brete em direção ao silencio total. Encontramo-nos no fim de um tempo. onde as razões que estruturam esta forma de olhar a vida, as coisa, e o mundo vai nos devorar. Mas, com certeza, por um longo tempo ainda os recicladores continuarão devorando esse lixo devorador de vidas.



Pedro Figueiredo

Educador Popular

GRUPO CHÃO DE AREIA VENCE O 19º RONCO DO BUGIO

Com a composição intitulada "Com o Bugio no Coração", letra e música de Chico Saga, de Tramandaí, o Grupo Chão de Areia venceu, no romper da madrugada fria e chuvosa desta segunda feira lá por cima da serra, o 19º Ronco do Bugio, de São Francisco de Paula. O Grupo é composto por Flávio Junior, Mário Tressoldi e Chico Saga, e teve o acréscimo, no festival, de Adriano Lima e Rivadávia Barreto. O Grupo Chão de Areia venceu as duas edições em que participou, deste que é um dos mais tradicionais festivais do estado do Rio Grande do Sul.
O segundo lugar foi para Lages, SC, com os autores Ramiro Amorim e Jones Andrei Vieira, no bugio "Sinfonia Campeira". O terceiro lugar teve Paulo Trentin e Cristiano de Souza, de Novo Hamburgo, como autores, defendendo a composição "Empunhando a Bandeira".

Jonas Comaru

CONCURSO PUBLICO DEVERÁ SER REALIZADO AINDA NESTE ANO

O Secretário Municipal de Administraão Cristiano Sielichow, afirma estar convocando os últimos concursados públicos para que assumam as funções a que se propuseram na data de sua inscrição do concurso publico. São mais de 100(Cem) novos funcionários público, destes 50 % são da área da Educação, dai num decrescente área da Saúde, Assistência e Inclusão e ainda Administração. O município de Capão da Canoa enfrenta dificuldades pelo número crescente da população, e com esta observação, é necessário um maior número de profissionais para o atendimento.

O Secretário lembra ainda, que no serviço publico municipal há mais de 100 (Cem) funcionários em licença saúde; - Cem Funcionários é um número expressivo, e com certeza desfalca a máquina publica, os trabalhos, processos ficam mais morosos pela falta de mão de obra especializada. Finaliza o Secretario.

Um novo concurso deverá ser realizado até o final deste ano (2010), suprindo as carências nas mais diversa áreas, como fiscal, engenheiro civil, operários, atendentes e merendeiras entre outras,o nível de escolaridade exigida deverá ser fundamental , médio e superior, dependendo é claro da função.

Fotografia: Beto Rodrigues / PMCC
--
Cissa Scheeren
Assessora de Comunicação Social.

Powered by Blogger